sábado, 11 de abril de 2009

Geneta (Genetta Genetta)


A Geneta é um carnívoro de origem africana que actualmente se encontra em vias de extinção. O seu nome científico é Genetta Genetta. Apresenta índices de presença como as pegas e as latrinas, por isso não é muito difícil de encontrar. É um animal solitário e territorial, utilizando as latrinas para determinar o território. Antigamente, a Geneta desempenhava o papel de animal de estimação que o gato ocupa na actualidade, mantendo os roedores afastados da casa dos donos.

Habitat: É possível encontrar Genetas na maioria dos habitats mediterrâneos, devido à sua “plasticidade adaptativa”, porém é mais fácil encontrá-las em zonas com alguma altitude.
As Genetas preferem zonas com bastante vegetação, tais como bosques fechados, e zonas rochosas, próximas de rios, ribeiras, lagos...



Classificação científica:

Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Viverridae (viverrídeos)
Género: Genetta
Espécie: Genetta Genetta
Nome comum: Geneta

Descrição física: A Geneta é um animal de médio porte, com um corpo alongado e uma cauda comprida. As suas patas são curtas com garras retrácteis, as orelhas longas e o focinho é afilado. O pêlo apresenta tons cinzentos com manchas e riscas (no corpo e na cauda) de cores mais escuras. Possui as glândulas odoríferas bastante desenvolvidas e situadas junto à cauda.

Alimentação: A Geneta é omnívora, alimenta-se principalmente de roedores (ratos-do-campo), mas pode consumir, também, répteis, frutos e insectos, revelando assim uma grande plasticidade na alimentação. Esta varia com a área geográfica e a altura do ano em que se encontram.

Porque está em vias de extinção?
Esta espécie encontra-se em vias de extinção sobretudo devido a factores relacionados com as actividades humanas, tais como a caça e a elevada densidade da rede viária.


Biometria:

Comprimento: Varia entre 87 a 111 cm.

Peso: Entre 1 a 2,2 kg.

Distribuição: Existe em toda a Península Iberíca e também cobre o oeste, sudoeste e sul da França, excepto a zona província de Bretagne(Bretanha).


Comportamento: A Geneta normalmente, para viver, escolhe um terreno alto á beira de um rio e é raro abandoná-lo. É um animal solitário e hostil com os animais invasores dos seus territórios, muito ágil que trepa e nada muito bem. Possui hábitos nocturnos, repousando durante o dia em buracos das árvores. Quando caça, segue a sua trilha habitual que é marcada com a sua urina.


Reprodução: A Geneta torna-se independente ao completar doze meses de idade e com dois anos atinge a maturidade sexual. A sua reprodução ocorre uma vez por ano (em meados de Fevereiro/Março ou Julho/Agosto, alturas em que é mais frequente o cio) e as crias, que podem ser até 4 por ninhada, nascem após 11 semanas de gestação, no inicio do Verão ou Outono.

domingo, 5 de abril de 2009

Falcão Peregrino (Falco peregrinus)




As principais características desta esplenderosa espécie são que esta espécie é uma ave de rapina diurna de médio porte, como também prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades.
Em Portugal, é uma espécie de passagem (Outono – Inverno), sendo muito rara.
O falcão peregrino mede entre 38 e 53 cm de comprimento e pesa entre 0,6 – 1,5 Kg, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos.
Este demonstra ser o animal mais rápido do mundo, com velocidade de mergulho que chega a atingir 320 Km/h.


Habitat: As características do falcão permitem-lhe viver nos mais diversos tipos de habitat, desde os desertos quentes até à tundra (planície gelada do Norte da Sibéria, onde apenas crescem musgos). No entanto, este animal prefere o campo aberto, as praias e pântanos perto de colónias de aves aquáticas e ribeirinhas. Em várias zonas costeiras até aos 4000 m nos Himalaias, em todos os continentes e latitudes se encontram territórios de falcão peregrino.


Classificação científica:

Reino: Animal
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrados
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Falconidae
Espécie: Falco peregrinus



Reprodução: a reprodução é sexuada, isto é, realiza-se com a intervenção dos gâmetas femininos e masculinos. Esta ave é um animal ovíparo, porque se desenvolve dentro de um ovo e fora do corpo materno. Neste caso, o embrião alimenta-se das substâncias nutritivas de reserva que estão no interior do ovo.


Biometria:

Comprimento: entre 38 a 53 cm.

Peso: macho: ronda as 610 gramas
fêmea: ronda as 975 gramas


Alimentaçao: O falcão peregrino é uma espécie ornitófaga, isto é, alimenta-se quase exclusivamente de aves.

Ameaças: O falcão peregrino tornou-se muito raro em certos países da Europa, e isso por vários motivos: o homem persegue-o, os caçadores furtivos roubam-lhes os ovos e as crias para abastecer os falcoeiros e vai lentamente intoxicando ao devorar presas que ingeriram sementes ou insectos tratados com pesticidas, para além da utilização de pesticidas organoclorados (DDT) na agricultura, que provocam enfraquecimento na casca do ovo e consequentemente insucesso reprodutivo dos indivíduos.

terça-feira, 31 de março de 2009

Parque Natural da Arrábida e Arabis Sadina

Parque Natural da Arrábida




Nas origens da criação do Parque:
Parque Natural da Arrábida: Surge a 28 de Julho de 1976 pelo D.L. nº 622/76. Estende-se por parte significativa da área designada cadeia da Arrábida, que compreende o conjunto de montes que acompanha o rebordo costeiro meridional da península de Setúbal; deste destaca-se a serra da Arrábida, a sua mais importante elevação e que constitui o núcleo orográfico da cadeia.



Porque foi criado o Parque Natural da Arrábida?
O principal objectivo da criação do Parque Natural da Arrábida foi a imperativa necessidade de conservar a sua Flora e Vegetação, que constitui um património natural de importância internacional.



Arabis Sadina


Esta é uma planta perene rizomatosa, com floração de Março a Abril.

Habitat:Ocorre em zonas de Clareira de matas e matos basófilos. Na serra da Arrábida ocorre em arribas calcárias com elevada diversidade florística.

Ameaças:Esta espécie tem sido ameaçada pelas acções de desflorestação, perturbações derivadas da instalação e manutenção de antenas e instalação de parques eólicos, bem como a abertura ou melhoria de caminhos.


Vulnerabilidade:
O seu estado de conservação é considerado vulnerável. Nas serras de Aire e Candeeiros encontra-se em estado moderado de conservação, sendo prejudicada no cimo da serra de Aire pela instalação de antenas e nas serras de Montejunto e dos Candeeiros a área de ocorrência está sujeita a planos de florestação.


Biometria:

Localização:
Este tipo de planta distribui-se pela região Biogeográfica Mediterrânica: Portugal. A nível nacional encontra-se nas serras de Aire e Candeeiros como também no Parque Natural da Arrábida.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Morcego-rato-grande (Myotis myotis)


As características morfológicas desta espécie são que esta tem 20 cm de comprimento e tem uma forma achatada. As suas orelhas são grandes de mais para o tamanho desta espécie.

Habitat: Em Portugal, cria quase exclusivamente em abrigos subterrâneos, mas parece utilizar também outro tipo de abrigos durante o Inverno (pode mesmo utilizar sótãos para viver).

Classificação cientifica:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Vespertilionidae
Género: Myotis
Género: Myotis myotis


Alimentação: Caça, em geral, em zonas arborizadas, principalmente na ausência de árvores. Captura as suas presas em voo ou, mais frequentemente, no solo. Alimenta-se essencialmente de escaravelhos, mas também apanha outros insectos, como grilos, gafanhotos verdes ou lagartas.

Reprodução: A maturidade sexual das fêmeas é atingida no primeiro ou, mais frequentemente, no segundo ano de idade. As cópulas ocorrem no final do Verão e Outono e os nascimentos entre Abril e Maio (uma cria por fêmea, raramente duas).
Durante a época de criação forma colónias com muitas centenas ou poucos milhares de indivíduos.


Biometria:

Comprimento:
Macho e fêmea: 20 cm

Longevidade média:
De 5 anos, com registo máximo de 28 anos.

Distribuição:
A nível Naciolnal existem em todo o país, mas parece não criar no Algarve. A nível Continental existem na Europa Central(inclindo Ucrânia) e Europa Mediterrânica.


Ameaças:
- A destruição e perturbação dos abrigos;
- A destruição de florestas de folhosas autóctones bem desenvolvidas;
- A poluição


Tal como outras espécies de morcegos, é considerada frágil: Por um lado, tem uma reduzida capacidade de recuperação (conferida por uma tardia maturidade sexual e uma baixa taxa de reprodução); por outro, o seu carácter colonial, sobretudo durante a época de criação.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O tritão-ibérico ou tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai)


A característica desta espécie endémica da Península Ibérica é o ventre cor laranja que contrasta com o dorso acastanhado com pintas pretas, sobretudo nos machos. As fêmeas são mais fortes e pesadas do que os machos e possuem normalmente um ventre mais inchado.

Habitat: O tritão reside em florestas tropicais temperadas, vegetação arbustiva mediterrânica, rios, rios intermitentes, pântanos, lagos de água doce intermitentes ou não, pauis, terra arável, pastagens, jardins, rurais e lagoas. Também pode residir em tanques, pequenos charcos, fontes, e ribeiros. Vive em águas limpas e bem oxigenadas.

Esta espécie está ameaçada por perda de habitat.


Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Caudata
Família: Salamandridae
Género: Lissotriton
Espécie: Lissotriton Boscai


Descrição física: Possui o focinho arredondado e os olhos relativamente pequenos. O seu dorso apresenta uma cor que pode ir de cinzento amarelado até castanho escuro. O ventre é cor de laranja. Por todo o corpo pode-se encontrar umas pequenas manchas pretas. Cabeça de contorno arredondado, ligeiramente mais larga e alta. Olhos pequenos em posição lateral. Corpo de secção redonda ou quadrangular. Cauda muito achatada lateralmente, membros finos, com quatro dedos nas patas anteriores e cinco nas posteriores. Tipicamente existem pontos escuros arredondados distribuídos irregularmente nas partes laterais do ventre. Durante a fase terrestre apresenta uma coloração mais escura e uniforme.


Alimento:Alimenta-se principalmente de invertebrados aquáticos, como vermes e insectos.

Porque está em vias de extinção: A espécie pode estar ameaçada pela crescente contaminação dos charcos e ribeiros com produtos tóxicos e pela constante destruição do habitat desta espécie.


Biometria:

Comprimento:
Machos 6.5 a 7.5 cm
Fêmeas: 7 a 9 cm

Longevidade:
Machos: 6 anos
Fêmeas: 9 anos

Distribuição:
Está presente em quase todo o território Português.


Comportamento: A sua actividade é predominantemente nocturna durante a fase terrestre, e tanto nocturna como diurna durante a fase aquática. Pode passar por períodos de inactividade invernal e estiva, durante os quais se refugia debaixo de pedras no fundo de habitats aquáticos.

Reprodução: Entre Novembro e Junho. O acasalamento ocorre na água. O reconhecimento da fêmea pelo macho e feita através do olfacto. O acasalamento ocorre com um complexo conjunto de comportamentos em que o espermatóforo é depositado no interior da abertura cloacal. As fêmeas fixam os ovos à noite nas folhas de plantas aquáticas. Em Março começam a aparecer as suas larvas.


Dieta: Durante a fase aquática é constituí por pequenos invertebrados aquáticos, tais como vermes e insectos e na fase terrestre, alimenta-se principalmente de invertebrados de consistência mole, como minhocas e lesmas.
O que se pode fazer para salvar esta espécie: Sensibilizar as pessoas para a preservação da espécie, impedindo grandes incêndios, poluição das águas dos rios, ribeiras, lagos, etc.